Mau hálito, um inimigo muito inconveniente para qualquer ocasião sem sombra de dúvidas.
A halitose, que também pode ser chamada de mau hálito, não é uma doença, mas sim um sinal de que há algo errado com a saúde. Desse modo, o problema deve ser identificado para que haja tratamento correto. No Brasil, 3 a cada 10 pessoas sofrem com o problema, totalizando um número de cerca de 50 milhões de pessoas.
O apelido “bafo de onça” às pessoas que sofrem de halitose ocorre porque os animais carnívoros, ao se alimentarem, podem ficar com resquícios da carne presa nos dentes e que, com o tempo, apodrecem, causando o mau cheiro. Acredita-se que 4 a cada 10 pessoas sofrem com o problema de mau hálito.
Pessoas que sofrem de halitose costumam não percebê-la, porque acabam se acostumando com a mesma, fazendo com que apenas as pessoas em volta consigam sentir o mau odor. Problemas de autoestima e de socialização por conta do afastamento das pessoas pelo mau odor podem surgir.
A halitose pode acontecer por diversos motivos, como, por exemplo, o que você ingeriu, má higiene bucal, ingestão de álcool ou tabaco, doenças como diabetes, inflamação na gengiva, placa de bactérias localizada na língua (saburra lingual), doenças periodontais falta de salivação e até mesmo o estresse.
Alimentos como a cebola e o alho também podem causar o mau hálito, pois além de serem muito fortes, substâncias deles caem na corrente sanguínea e são transferidos para o pulmão expelindo o cheiro. O mau odor só termina quando o alimento é eliminado pelo corpo.
Esse tipo de alimento, jejum prolongado, hipoglicemia, diabetes não compensado e a alteração em órgãos como fígado, intestino e rins são conhecidos como cáseos amigdalianos. Apesar de terem diversas causas, eles tem uma pequena porcentagem da halitose.
Os cáseos amigdalianos são pequenas bolinhas parecidas com que parecem “massinhas” que se prendem nas pequenas cavidades das amígdalas e causam um odor desagradável.
A hiposalivação, também conhecida como xerostomia, acontece quando o fluxo de salivação sofre queda. A salivação é uma função importante do corpo para remover partículas que podem causar mau odor e também é responsável por limpar a boca. A sua falta pode ser causada pelo uso de medicamentos, pela respiração excessiva na boca e também por problemas nas glândulas salivares.
O estresse e o lado emocional do paciente também são fatores importantes, pois são responsáveis por diminuir a salivação ou, então, causar a hipoglicemia ambas causadoras da halitose.
A saburra lingual é uma causa comum da halitose e é composta por bactérias, restos de alimentos, células descamadas da boca e muco da saliva que ficam aderidas à superfície da língua. Esse problema é muito comum porque pode acontecer mesmo com a limpeza correta da língua.
Existe um mito de que o estômago é o causador do mau hálito, mas isso é mentira, rara exceção de diverticulose esofágica. O mau hálito pode ocorrer por conta de arrotos e refluxo, mas esse tipo de mau odor é passageiro.
Como o mau hálito, um inimigo muito inconveniente, é preciso orientação para combatê-lo. Para tratar a halitose, é preciso analisar todos os fatores que podem causar o problema. Para começar o tratamento, uma conversa detalhada com o especialista é necessária. Fazer testes e avaliações, como, por exemplo, verificar o fluxo de saliva, os batimentos cardíacos e também a pressão arterial, pode ser fundamental.
Feito isso, realizar exame bucal para identificar as condições da gengiva, dentes, língua, bochechas, lábios e até mesmo das amígdalas pode ser suficiente para a elaboração de um plano de tratamento que podem ser feitos em clínicas especializadas somente em halitose.
Esse tipo de clínica especializada também é responsável por tratar problemas causados pela halitose, como insegurança e baixa autoestima, e estabelecer um melhor convívio social.
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